segunda-feira, 24 de maio de 2010

O erro de nós, seres humanos, que faz com que sejamos vistos maleficamente, cheios de defeitos irreparáveis, inaceitáveis e inadmissíveis, é ser passional, emocional ou racional demais em nossas escolhas.

O homem é demasiadamente exigente e, por isso, tenta encontrar no próximo as características que lhe convém. Não conseguindo encontrar, tendo vista que ninguém é perfeito, tenta — inutilmente — impor seus próprios valores ao outro, na tentativa de torná-lo melhor. Ao fracassar nessas tentativas, ele simplesmente descarta o outro de seu círculo de amizade admissíveis, passando a ter horror extremo a tudo que se refere ao coitado.

Alguns poucos seres evoluídos optam, ainda, por uma terceira — e definitiva — tentativa: compreender, aceitar, fechar os olhos, passar adiante. Ou, ao menos, fingir que consegue fazer tudo isso — já que essa é uma tarefa muito difícil.

É triste, mas o ser humano é assim. Só aceita o que corresponde às suas expectativas; só enxerga o que quer ver. O resto? Ahh! O resto merece ser julgado, excluído, criticado, magoado...
E tem mais! Não basta a tão sincera conclusão sobre os outros valer só para si mesmo. Tem que valer pra todo mundo. Todos devem ter o mesmo ponto de vista, e os que não tiverem... Bem, esses deverão sem "minuciosamente examinados".

Defeito. Defeito grave este nosso que nos impossibilita de ver a realidade, viver muitas coisas, adquirir novos conhecimentos, ser mais tolerantes. E não adianta dizer que não é assim! Algum desses pecados você comete ou já cometeu.

Literatura não irá mudar esse fato. Aos que querem agradar a todos, deixo um alerta: Se liga! Ser demagogo não vai te livrar das críticas.

Àqueles que querem encontrar um caminho para viver bem com tudo isso, ofereço um conselho: busquem o equilíbrio pessoal. Se existe e se de ser alcançado, eu não sei.

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